O sobrenome da família Klabin-Lafer é sinônimo em São Paulo de um bairro, uma estação de metrô, de instituições culturais como o Museu Lasar Segall, a Fundação Ema Klabin e a Casa Modernista e de um grupo industrial fundado em 1910, uma das poucas empresas (mais que) centenárias do País mantidas com o mesmo nome e a direção da família fundadora.
O fundador Maurício Klabin (1861-1923) acaba de ganhar sua primeira biografia, publicada pela Editora Narrativa Um e escrita pelo historiador Roney Cytrynowicz. O livro tem ensaios introdutórios dos profs. Celso Lafer e José de Souza Martins e prefácios de Sergio Segall e Roberto Klabin. A pesquisa das origens lituanas contou com o apoio de Fernando Klabin. O design é de Ricardo Assis e Tainá Nunes Costa, da Negrito.
A pesquisa foi realizada em diversos arquivos e acervos, entre eles o Arquivo Municipal de São Paulo, Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, Associação Comercial do Estado de São Paulo, Centro de Documentação e Memória da Klabin, Fundação Ema Klabin, Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), Museu Paulista da Universidade de São Paulo, Museu da Cidade de Salto e Museu da Cidade de São Paulo, o que permitiu reconstituir os primeiros passos de Maurício Klabin em São Paulo, logo após a sua chegada.
Nascido em um pequeno vilarejo na Lituânia, Maurício imigrou a São Paulo em 1889, cidade em que começou trabalhando como ambulante de cigarros de fumo e depois se empregou em uma pequena papelaria e tipografia, da qual se tornaria proprietário. Trazendo a família da Lituânia, fundaria a Klabin & Irmãos e começaria, primeiro na cidade de Salto e em seguida no bairro de Santana, uma trajetória industrial rumo à construção de uma das mais importantes indústrias de papel. Maurício Klabin também adquiriu lotes de terra na Vila Mariana e outros bairros e se tornou um importante urbanizador da cidade.
Além do pioneirismo industrial, Maurício e sua esposa Bertha foram fundadores de algumas das primeiras instituições judaicas da cidade, entre elas a Sociedade Beneficente das Damas Israelitas (1915) e o Cemitério Israelita da Vila Mariana (1920).
O livro está à venda na Livraria Sefer: www.livrariasefer.com.br